Desgraça pouca é bobagem

Quando você pensa que inflação e o atraso das obras da Copa são os maiores problemas do Brasil, alguém vem e te dá um tapa na cara e prova que não é só isso. Hoje o Brasil acordou com a notícia de que Oscar Dias vai produzir a versão nacional de Glee. Ele diz que se inspirou na tragédia de Realengo pra produzir Brazis (as crianças de Realengo não merecem esse tipo de homenagem, sério).

Primeiro que Glee já não presta no original, é um monte de escolares da ala não-popular do colégio que canta pra esquecer seus problemas. Qualquer um que tentar fazer isso na escola ou mesmo na rua, vai ser vítima de bullying à queima roupa. Depois que o vídeo da seleção do casting nacional tem atores/cantores piores que os calouros do Raul Gil.

Veja aqui:

Mas aí você pensa: ah, mas o produtor veio do cinema, pode ter uma pegada diferente e tals. Que nada, as produções anteriores dele foram Simplesmente Natasha, que tem Gyselle Soares e Lívia Andrade no elenco e A Fronteira de Sangue, com Viviane Araújo, ex do Belo.

Simplesmente Natasha é daqueles clássicos trash deliciosos, em que o espírito de uma menina do mal atormenta uma família que já tem um travesti. Texto incrível, atuações à altura. O enquadramento é fantástico, com o cabelo ninho-de-passarinho em primeiro plano:

A Fronteira de Sangue traz o mesmo travesti do outro filme, mas o trailler não dá muita pista do que se trata a produção.Enjoy:

Mas se apesar de tudo, algum canal tipo a Rede TV! resolver produzir o programa, peço encarecidamente que escalem a Daniela Albuquerque para qualquer papel. Periga de tão ruim ficar bom.